Orientações clínicas para profissionais de saúde que atendem mulheres grávidas.
Sumário
Pontos principais:
- O CDC recomenda às gestantes não viajar para áreas onde há transmissão ativa do zika vírus. Se precisar viajar para uma dessas áreas, a gestante deve conversar com seu profissional de saúde. Se viajar, a mulher grávida deve ser aconselhada a seguir estritamente os passos para evitar picadas de mosquito e transmissão sexual durante a viagem.
- Se uma mulher grávida tem um parceiro que vive em ou viajou para uma área com zika, ela deve usar um preservativo ou outra barreira de proteção cada vez que fizer sexo ou não deve ter relações sexuais com esse parceiro durante a gravidez. O ato sexual inclui sexo vaginal, anal e oral, bem como o compartilhamento de brinquedos sexuais. São exemplos de proteção contraceptiva de barreira: os preservativos masculino ou feminino para sexo vaginal ou anal e diques de borracha para sexo oral.
- Para mulheres grávidas sintomáticas com exposição ao zika vírus, recomenda-se o teste rRT-PCR de soro e urina em até 2 semanas após a manifestação dos sintomas. E, para as mulheres grávidas assintomáticas residentes em áreas onde não há transmissão ativa do zika vírus, recomenda-se o teste rRT-PCR de soro e urina 2 semanas após a última exposição, bem como para mulheres avaliadas de 2 a 12 semanas após a exposição e cujos resultados revelaram-se IgM positivos para o zika vírus.
- Às mulheres grávidas assintomáticas com exposição ao zika pode-se oferecer triagem com teste sorológico, de 2 a 12 semanas após a data da última exposição. Mulheres assintomáticas residentes em áreas com transmissão ativa do zika vírus devem ser submetidas ao teste IgM para detecção do zika vírus como parte dos cuidados obstétricos de rotina, durante o 1º e o 2º trimestre, com teste rRT-PCR imediato para mulheres IgM positivas; o teste rRT-PCR positivo fornece um diagnóstico definitivo para a infecção por ZIKV. Os oficiais de saúde locais devem determinar quando implementar testes de gestantes assintomáticas com base em informações sobre os níveis de transmissão do vírus zika e na capacidade do laboratório.
Mudanças recentes: as novas recomendações expandem o teste de reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa em tempo real (rRT-PCR) para RNA do zika em laboratório, com o objetivo de aumentar o número de gestantes com infecção pelo zika vírus que recebem diagnóstico definitivo. Além disso, a nova orientação inclui recomendações clínico-administrativas para auxiliar profissionais de saúde a melhorar os cuidados prestados às pacientes grávidas com possível infeção ou infecção confirmada transmitida pelo zika vírus. Mais especificamente, as orientações provisórias atualizadas:
- Extensão do período para o teste rRT-PCR, de 1 para 2 semanas, a partir da manifestação dos sintomas em mulheres grávidas sintomáticas.
- Adição de nova recomendação para implementação do teste rRT-PCR de soro e urina específico para zika entre mulheres assintomáticas com possível exposição.
- Adição de nova recomendação para teste rRT-PCR imediato, após teste de anticorpos IgM positivo ou suspeito em gestantes.
- Atualização das orientações para enfatizar a realização de exame de sangue em bebês, em vez de "exame de sangue ou teste umbilical em bebês".
Perguntas e respostas
- Zika e gravidez
- Viajantes grávidas assintomáticas
- Gestantes residentes em áreas com transmissão ativa do zika vírus
- Gestantes que vivem próximo à fronteira dos EUA com o México
- Diagnóstico pré-natal de microcefalia
- Teste em gestantes
- Controle pós-natal de gestantes com evidência laboratorial de infecção provável ou confirmada causada pelo zika vírus.
Orientação
- Informe da HAN: orientação do CDC para viagens e testes de gestantes e mulheres em idade reprodutiva para infecção pelo zika vírus relacionada à investigação da transmissão do zika vírus por mosquito local nos municípios de Miami-Dade e Broward, Flórida (HAN, 1 de agosto de 2016)
- ATUALIZAÇÃO: Orientação provisória para profissionais de saúde que prestam atendimento a gestantes com possível exposição ao zika vírus - Estados Unidos, julho de 2016 (MMWR, 25 de julho de 2016)
- Orientações provisórias para profissionais de saúde no atendimento a mulheres em idade reprodutiva com possível exposição ao zika vírus - Estados Unidos, 2016(MMWR, 25 de mar. de 2016)
- Orientações provisórias para profissionais de saúde que prestam atendimento a mulheres grávidas e mulheres em idade reprodutiva com possível exposição ao zika vírus – Estados Unidos, 2016 (MMWR, 5 de fev. de 2016)
- Orientações provisórias para mulheres grávidas durante surto do zika vírus - Estados Unidos, 2016 (MMWR, 22 de jan. de 2016)
Publicações relacionadas
- Planejamento do mês de nascimento de bebês em risco após surtos da doença causada pelo zika vírus (EID, maio de 2016)
- Zika vírus e defeitos congênitos - Análise de evidências de causalidade (NEJM, 2016)
- Prevenção na transmissão do zika vírus em ambientes de parto por meio da implementação de precauções normativas - Estados Unidos, 2016 (MMWR, 25 de março de 2016)
- Infecção por zika vírus entre mulheres grávidas viajantes nos EUA - agosto de 2015 a fevereiro de 2016 (MMWR, 4 de mar. de 2016)
- Aviso da HAN: reconhecimento, gestão e relato de infecções causadas pelo zika vírus em viajantes que retornam da América Central, da América do Sul, do Caribe e do México (HAN, 15 de jan. de 2016)
Teste de algoritmos
Recomendações de teste e interpretação para uma mulher grávida com possível exposição ao zika vírus -- Estados Unidos (incl. Territórios dos EUA)
Aconselhamento de pacientes
Para mulheres grávidas
Teste do zika vírus para mulheres grávidas que não vivem em áreas com zika
Teste do zika vírus para mulheres grávidas que não vivem em áreas com zika
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